domingo, 28 de outubro de 2012

Edith Head - A mulher por trás do glamour Hollywoodiano

O que Ginger Rogers, Audrey Hepburn, Bette Davis, Grace Kelly, Liz Taylor, Veronica Lake, Marlene Dietrich e Rita Hayworth têm em comum? Todas são lindas, símbolos de elegância e têm a imagem associada àqueles figurinos que nos fazem babar; e todas passaram pelas luvas brancas de Edith Head. Nunca ouviu falar? Pois deveria, ou corre o risco de perder a sua carteirinha de fashionista.
Edith Head foi a cabeça trocadilho infame e as mãos por trás do figurino de vários filmes que fazem parte do nosso imaginário, entre eles o lindinho Sabrina e o deslumbrante Cinderela em Paris.
Mas quem foi a mulher que apesar de declaradamente preferir vestir homens, imortalizou figurinos de divas atemporais? Edith Clair Posener nasceu há exatos 115 anos, em 28 de outubro de 1897, na Califórnia. O sobrenome Head veio do primeiro marido, Charles Head. O casamento durou 13 anos, mas o sobrenome acompanhou Edith por toda a vida.
Graduada em Artes e Letras, começou a lecionar Francês e na tentativa de conseguir um aumento de salário, ofereceu-se para ensinar artes. Para aprimorar as habilidades no desenho que não eram lá essas coisas, começou a ter aulas de desenho à noite, o que foi fundamental para a carreira.
Em 1924 foi contratada pela Paramount Pictures, onde permaneceu por 43 anos, ficando conhecida pela amizade com Liz Taylor e como a queridinha de Alfred Hitchcock, trabalhou com um grande número de estrelas. O vestido usado por Ginger Rogers em Lady in the Dark foi assunto – pele em época de guerra – além do vestido sarongue usado por Dorothy Lamour em Hurricane. Edith se tornou tão requisitada que era comum a Paramount “dar uma emprestadinha” para outros estúdios em função da exigência por parte das estrelas.
O talento para lidar com as atrizes era único; em uma época em que era praxe não levar em consideração a opinião as atrizes no que dizia respeito aos figurinos, Edith consultava as moçoilas, interessada em conhecer as preferências de cada uma e investia em valorizar o que tinham de melhor (helloooooo, Audrey se achava magra demais) o que resultou em credibilidade por parte de atrizes e diretores, conseguiu lidar com ataques de estrelismo e estrelas com um notório mau gosto (sim, houve um tempo em que as pessoas analisavam o que as celebrities vestiam, antes de simplesmente acionar o Ctrl + C, Ctrl +V). Rígida e irreverente, era capaz de arrematar um sóbrio vestido de veludo preto com um broche de diamantes no traseiro – Rosemary Clooney, sua linda! - Usava óculos (azul) escuros (quase) o tempo todo, mesmo dentro dos sets, assim conseguia analisar meticulosamente o ambiente e os figurinos sem que ninguém percebesse (espertchénha).
Na década de 70, quando a Guarda Costeira norte americana se deu conta que o número de mulheres que ingressavam aumentava a cada ano, convidaram Edith para desenhar o uniforme das bonitas.
Desenvolveu figurinos para a televisão e seu último trabalho foi na comédia Cliente Morto Não Paga, onde recriou figurinos da década de 40 e a estética noir. O filme foi lançado pouco depois de sua morte e dedicado a sua memória.
Recebeu 35 indicações ao Oscar (incluindo indicação todo santo ano entre 1948 e 1966), vencendo 8 prêmios, sendo uma das mulheres com o maior número de estatuetas.
Edith partiu em 24 de outubro de 1981, deixando um legado para todos os fãs de moda e de cinema. Happy Birthday, Edith.
Lady in the Dark
Bette Davis – All About Eve (vencedor do Oscar)
Grace Kelly - Ladrão de Casaca (vencedor do Oscar)

O icônico vestido de chiffon azul foi o escolhido para vestir a Barbie que homenageou Grace
Cinderela em Paris
Elizabeth Taylor - Um lugar ao Sol
Rosemary Clooney em White Christmas e o famoso broche de diamantes estrategicamente colocado








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