segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Smells like... books!

Olá meus Amores!
Tudo bem com vocês?
O post de hoje é em homenagem ao Dia Nacional do Livro =)
Sério que isso existe, Hannah?
Sério.
A data foi escolhida por ser o dia em que o acervo da Real Biblioteca Portuguesa foi transferido para o Brasil, lá em 1810, quando então foi fundada a Biblioteca Nacional, situada no Rio de Janeiro e que eu tive o prazer de conhecer esse ano.
E foi nesse clima de bookaholic (me puxei) que eu resolvi desencavar o lançamento do perfume Paper Passion.
O bonitinho foi lançado pela revista Wallpaper, criação do perfumista Geza Schoen e do editor de livros Gerhard Steidl. A embalagem gracinha - Hebe, sua linda, saudades! - imitando um livro é assinada por Karl Lagerfeld, que declarou que “O cheiro de um livro recém-impresso é o melhor cheiro do mundo”.
Eu como toda leitora compulsiva sou apaixonada pelo cheiro de livro MeJulguem, mas confesso que prefiro o cheirinho dos livros antigos MeInternem, deve ser por causa do leve toque de baunilha. *.*
Pra quem se interessou, a Steidl tem o produto à venda por US$98,00 e entrega para o Brasil, se eu não me engano o frete é grátis.
E vocês, o que acharam? Usariam esse perfume?
P.S. Esse NÃO é um publieditorial. Nem a Steidl nem o Karl Lagerfeld me pagaram nem um tostão para falar no perfume. =)~










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domingo, 28 de outubro de 2012

Edith Head - A mulher por trás do glamour Hollywoodiano

O que Ginger Rogers, Audrey Hepburn, Bette Davis, Grace Kelly, Liz Taylor, Veronica Lake, Marlene Dietrich e Rita Hayworth têm em comum? Todas são lindas, símbolos de elegância e têm a imagem associada àqueles figurinos que nos fazem babar; e todas passaram pelas luvas brancas de Edith Head. Nunca ouviu falar? Pois deveria, ou corre o risco de perder a sua carteirinha de fashionista.
Edith Head foi a cabeça trocadilho infame e as mãos por trás do figurino de vários filmes que fazem parte do nosso imaginário, entre eles o lindinho Sabrina e o deslumbrante Cinderela em Paris.
Mas quem foi a mulher que apesar de declaradamente preferir vestir homens, imortalizou figurinos de divas atemporais? Edith Clair Posener nasceu há exatos 115 anos, em 28 de outubro de 1897, na Califórnia. O sobrenome Head veio do primeiro marido, Charles Head. O casamento durou 13 anos, mas o sobrenome acompanhou Edith por toda a vida.
Graduada em Artes e Letras, começou a lecionar Francês e na tentativa de conseguir um aumento de salário, ofereceu-se para ensinar artes. Para aprimorar as habilidades no desenho que não eram lá essas coisas, começou a ter aulas de desenho à noite, o que foi fundamental para a carreira.
Em 1924 foi contratada pela Paramount Pictures, onde permaneceu por 43 anos, ficando conhecida pela amizade com Liz Taylor e como a queridinha de Alfred Hitchcock, trabalhou com um grande número de estrelas. O vestido usado por Ginger Rogers em Lady in the Dark foi assunto – pele em época de guerra – além do vestido sarongue usado por Dorothy Lamour em Hurricane. Edith se tornou tão requisitada que era comum a Paramount “dar uma emprestadinha” para outros estúdios em função da exigência por parte das estrelas.
O talento para lidar com as atrizes era único; em uma época em que era praxe não levar em consideração a opinião as atrizes no que dizia respeito aos figurinos, Edith consultava as moçoilas, interessada em conhecer as preferências de cada uma e investia em valorizar o que tinham de melhor (helloooooo, Audrey se achava magra demais) o que resultou em credibilidade por parte de atrizes e diretores, conseguiu lidar com ataques de estrelismo e estrelas com um notório mau gosto (sim, houve um tempo em que as pessoas analisavam o que as celebrities vestiam, antes de simplesmente acionar o Ctrl + C, Ctrl +V). Rígida e irreverente, era capaz de arrematar um sóbrio vestido de veludo preto com um broche de diamantes no traseiro – Rosemary Clooney, sua linda! - Usava óculos (azul) escuros (quase) o tempo todo, mesmo dentro dos sets, assim conseguia analisar meticulosamente o ambiente e os figurinos sem que ninguém percebesse (espertchénha).
Na década de 70, quando a Guarda Costeira norte americana se deu conta que o número de mulheres que ingressavam aumentava a cada ano, convidaram Edith para desenhar o uniforme das bonitas.
Desenvolveu figurinos para a televisão e seu último trabalho foi na comédia Cliente Morto Não Paga, onde recriou figurinos da década de 40 e a estética noir. O filme foi lançado pouco depois de sua morte e dedicado a sua memória.
Recebeu 35 indicações ao Oscar (incluindo indicação todo santo ano entre 1948 e 1966), vencendo 8 prêmios, sendo uma das mulheres com o maior número de estatuetas.
Edith partiu em 24 de outubro de 1981, deixando um legado para todos os fãs de moda e de cinema. Happy Birthday, Edith.
Lady in the Dark
Bette Davis – All About Eve (vencedor do Oscar)
Grace Kelly - Ladrão de Casaca (vencedor do Oscar)

O icônico vestido de chiffon azul foi o escolhido para vestir a Barbie que homenageou Grace
Cinderela em Paris
Elizabeth Taylor - Um lugar ao Sol
Rosemary Clooney em White Christmas e o famoso broche de diamantes estrategicamente colocado








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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Prefiro andar descalça.

Era uma vez, uma princesa muito bonita...”. Desde muito pequenos aprendemos a valorizar a aparência. Os contos de fadas, muito populares até os dias de hoje são um exemplo de como a estética é supervalorizada. As histórias são sempre protagonizadas por donzelas inocentes, educadas, e claro, lindas. O príncipe sempre cai de amores pela princesa por causa de sua beleza, mesmo que a princesa em questão esteja dormindo, não faça a menor idéia do que está acontecendo e ele não saiba se conseguiria manter um diálogo inteligente com ela. Em um passe de mágica, ele olha pra ela e puff, está perdidamente apaixonado. Eu lembrei de mencionar que o príncipe também é lindíssimo? Mesmo que inicialmente o príncipe tivesse o aspecto de um animal que a maioria das pessoas achava repulsivo ou então fosse uma criatura de aparência monstruosa, o felizes para sempre é sempre precedido de uma intervenção mágica que transforma o monstrengo em questão em adivinhem: um belo príncipe encantado. Talvez uma das passagens mais desagradáveis da literatura infantil seja o momento em que a madrasta da Cinderela obriga a filha a colocar o sapatinho de cristal, que na minha cabeça sempre era no mínimo dois números menor do que o pé dela. E devia ser bico fino. O fato é que: vendo que o sapatinho não entrava a mãe muito amorosa, gentilmente sugere que a filha corte um pedaço do dedão para que o sapatinho sirva, afinal, quando ela fosse rainha não precisaria andar. A garota prontamente aceita a sugestão, afinal não queria perder a oportunidade de casar com o príncipe “montado na grana”, digo, no cavalo branco. Em uma época em que os homens deviam ser grandes, fortes e rudes, as mulheres deveriam ser meigas, pequenas e delicadas, e o pezinho mínimo em um frágil sapatinho de cristal representa esse antagonismo. O tempo passou e nós esquecemos os contos de fada, entretanto, ainda permanecemos com a idéia de que para atingirmos o felizes para sempre, precisamos estar lindas. Embora não haja um consenso sobre a origem da história, alguns estudiosos defendem a teoria de que a Cinderela original seja oriental, o que explicaria a fixação por um pezinho pequeno, imediatamente associado à delicadeza. Os padrões de beleza mudam conforme a época e a região. No Brasil estamos acostumados à máxima os homens preferem as loiras, já na Suécia, se aparecer uma morena, ela é disputadíssima. Na Renascença bonito era ser gordinha, alguns séculos depois, bonito é ser esquálida. No entanto, quando nos deparamos com um documentário muito bem intencionado sobre os costumes orientais, que ainda pregam que quanto menor o pé, mais bonito, e vemos as meninas tendo os pés enfaixados desde criança - e os ossos sucessivamente quebrados, atrofiados, cicatrizados, e então novamente quebrados... – imediatamente erguemos a bandeira do feminismo e gritamos o quanto tal costume é absurdo. Curiosamente, não percebemos as mutilações que nós, ocidentais avançados e civilizados, ajudamos a disseminar. Todo mundo acha normal colocar o equivalente a uma caneca cheia de uma substância sintética, que também pode ser usada para vedar vidro, dentro do corpo para ficar perfeita dentro do biquíni. Ser perfurada por uma cânula, ter a gordura sugada com movimentos vigorosos e ficar cheia de hematomas por um mês é o sonho de consumo da maioria das mulheres. E ao primeiro sinal da idade, não criemos pânico, na falta de uma fada madrinha, basta uma visita ao esteticista e com algumas picadinhas rápidas e indolores (?) voilá: temos um rosto liso e livre de sinais de expressão. De qualquer expressão. A aparência é importante, não só na vida pessoal, mas também nas relações de trabalho. Estar bem com a própria aparência faz bem à autoestima e isso se reflete no dia-a-dia. O perigo está no excesso, quando vemos adolescentes trocarem a festa de 15 anos por próteses de silicone ou mulheres totalmente desprovidas de expressões faciais agendando uma nova aplicação, ou talvez uma dose extra para ficar parecida com a Angelina Jolie. Devemos nos perguntar qual a mensagem que estamos passando para as crianças, afinal, se o príncipe se apaixonou pela princesa porque ela era linda e eles foram felizes para sempre, então talvez um dedão, um transtorno alimentar ou qualquer tipo de automutilação não seja assim tão ruim... Prefiro andar descalça!

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